11 de novembro de 2007

Deputado quer garantir reposição de aulas

Educação na Bahia pede socorro! A greve que ocorreu entre os meses de Abril e Junho deste ano atrapalhou o calendário letivo dos estudantes de escolas públicas em Salvador. Para o deputado João Carlos Barcelar, o principal culpado é o governador Jaques Wagner que está sendo acusado de improbidade administrativa. Na bem da verdade falta também, compromisso dos estudantes que na sua maioria não comparecem se quer a essas reposições alegando outros motivos. Nas escolas em Salvador, professores fingem que ensinam e alunos fingem que aprendem, nada contribui para o sucesso da educação, que se encontra em uma situação lastimável. Escola sem alunos e professores, falta de segurança, salas sem iluminação entre outros graves problemas. Se houvesse um comprometimento de todas as partes (governo, escolas, professores e estudantes) talvez houvesse uma melhora significativa.
Comentário: Paula Bulhman


Deputado quer garantir reposição de aulas
Fonte: Correio da Bahia
O governador Jaques Wagner pode ter que responder por improbidade administrativa caso o Ministério Público aceite o pedido de denúncia encaminhado pelo deputado João Carlos Bacelar (PTN) à Procuradoria Geral do MP. O parlamentar ingressou com ação exigindo a reposição das aulas nas escolas da rede estadual após os 56 dias de greve dos professores, entre abril e junho deste ano. O calendário de reposição anunciado pela Secretaria Estadual de Educação (SEC) não vem sendo cumprido pela maioria das escolas.
A portaria 9.784, publicada pela SEC em 21 de junho, estende o ano letivo até 18 de janeiro de 2008 e prevê a utilização dos sábados para a reposição das aulas perdidas durante o movimento grevista. O problema é encontrar alunos nas escolas durante os fins de semana. Em se tratando das turmas do noturno, o cenário é ainda pior. “Por mais que os professores se predisponham a cumprir a determinação, como têm feito, a maioria do estudantes, que trabalham durante a semana toda, realmente não mostra compromisso nenhum em ir à escola aos sábados”, comenta um professor da escola Severino Vieira, em Nazaré, que preferiu não se identificar.
Diante de um quadro onde a impossibilidade de atingir a carga de 800 horas e 200 dias letivos é rabiscada com letras garrafais, João Carlos Bacelar resolveu acionar o Ministério Público Estadual através de uma notícia de ato de improbidade administrativa contra o governador Jaques Wagner. No documento assinado pela advogada Maria Fernanda Serravalle, o parlamentar faz um rápido histórico dos motivos que levaram os professores à greve (reajuste diferenciado entre os níveis I e II), acusa o estado de aparelhar politicamente as escolas e de não apresentar um relatório sobre a reposição de aulas aos sábados. Um trecho do documento lembra que o parlamentar “fez uma inspeção (documento em anexo) em algumas escolas da capital e encontrou uma situação de verdadeira calamidade, ou seja, escolas sem alunos, sem professores, portões abertos sem a presença de seguranças, salas às escuras, portões fechados em horário de funcionamento”. Bacelar vai mais longe: diz que se as escolas fossem fechadas na atual situação, não fariam falta a ninguém. “A educação na Bahia é fictícia, é uma farsa. Fiz um requerimento à Comissão de Educação da Assembléia para que o secretário Adeum Sauer se pronunciasse. Isso foi ainda em junho e até hoje a bancada não deixou que o requerimento fosse examinado”, disse. A Secretaria de Educação foi procurada através de sua assessoria de imprensa, mas não deu retorno até o fechamento desta edição.

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